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Grave: família de usineiros é alvo do MPAL por sonegar mais de R$ 200 milhões de cofres públicos

17/12/24

By:

Redação

Gaest está cumprindo mandados judiciais em Alagoas e Pernambuco

O Ministério Público do Estado de Alagoas

(MPAL) deflagrou na manhã desta terça-feira (17), a operação Contumácia, com o objetivo de desarticular um núcleo familiar especializado no cometimento de crimes de sonegação fiscal que ultrapassam a casa dos

R$ 260 milhões.


A operação ocorre por meio do Gaesf - Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens, que requereu seis mandados judiciais expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. A ação ocorre simultaneamente em Alagoas e Pernambuco.


Alagoas


Para Alagoas, são cinco de busca e apreensão; para Pernambuco, mais um, também de busca. Além disso, a pedido do MPAL, o Judiciário determinou o bloqueio de bens dos investigados.


Pernambuco


Segundo os promotores de Justiça do

Gaesf, essa investigação já dura 10 meses e foi planejada com toda atenção que o caso requer porque envolve alvos em Alagoas e em outro estado.


A Polícia Civil pernambucana está acompanhando o cumprimento do mandado de busca e apreensão numa revenda de automóveis localizada no município de Garanhuns.


O esquema


De acordo com o Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de

Bens, o esquema é especializado em sonegações fiscais reiteradas a partir de uma usina de açúcar.


A apuração teve início com uma notícia crime apresentada pela Procuradoria-Geral do Estado de Alagoas (PGE/AL), que constatou que o núcleo familiar investigado e que administra a referida usina não faz o obrigatório repasse dos impostos devidos ao estado de Alagoas.


Sendo assim, ele esta caracterizado como o maior devedor de tributos, cujo débito, em tese, é superior a R$ 260 milhões.


A sistemática utilizada há décadas pelos administradores da empresa era apresentar confissões de débito tributário a fim de reduzir aplicação de multas através de auto de infração por parte do órgão fazendário, fazendo surgir a figura do devedor contumaz.


Tais confissões de dívidas, segundo o Gaesf, fizeram a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) lançar 16 autos de infrações, o que se desdobrou em 37 execuções fiscais ajuizadas pela PGE/AL, buscando o ressarcimento do valor apropriado irregularmente.


O Gaesf e a Sefaz informam que, além da operação deflagrada nesta terça-feira, outras medidas de cunho administrativo-fiscal, visando estancar a sangria aos cofres públicos, também foram adotadas, uma vez que a apropriação indevida de impostos estaduais se reflete diretamente na limitação de políticas públicas, por exemplo, nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e segurança pública.


Os nomes dos suspeitos serão mantidos sob sigilo para não atrapalhar a continuidade da apuração do Ministério Público.


Nome e composição


O Gaest é composto pelo Ministério Público do Estado de Alagoas, Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE/AL), Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP) por meio das Polícias Civil e Militar, Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e Polícia Penal, com o apoio da Perícia Oficial de Alagoas.


O nome da operação faz referência a grande teimosia, obstinação, tenacidade e dureza em manter um erro.

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