Dia D contra a dengue: proposta é o combate ao mosquito Aedes aegypti
13/12/24
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Agência Brasil
Brasil teve quase cinco mil mortes pela doença este ano
Um dia de mobilização e de ações de prevenção contra a dengue. Essa é a proposta do Dia D, que vai ser promovido no próximo dia 14 em todo o país pelo Ministério da Saúde.
Neste ano, foram contabilizados, até agora, cerca de 7 milhões de casos e quase 5 mil mortes por causa da doença. No ano passado, foram cerca de 1,1 mil mortes pelo vírus, um número cinco vezes menor.
O Diretor da Vigilância Sanitária do Distrito Federal, André Godoy, dá detalhes de como será a mobilização deste sábado.
“Consideramos o trabalho educativo e de sensibilização, no Dia D, a ação mais importante para dar informações e levar compreensão do problema. Além desse importante trabalho na vigilância ambiental, a vigilância sanitária do DF, dentro do plano de contingência e respostas e emergências em saúde pública por dengue, chicungunya e zika, atuará em todos os estabelecimentos comerciais de produtos e serviços, postos, entrepostos, condomínios residenciais e comerciais, entre outros”.
A ideia é combater os focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. São ações simples; entre elas, retirar ou prevenir que qualquer objeto possa acumular água, onde as larvas do inseto se desenvolvem.
Neste ano, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná foram as unidades federativas com as maiores incidências da doença. André Godoy adverte que essa época do ano precisa de um cuidado ainda mais apurado de todos.
“O atual período de chuvas torna o ambiente urbano propício à multiplicação do vetor urbano Aedes aegypti, principalmente em regiões com menor eficiência na destinação de resíduos, lixo e saneamento básico. Mas é preciso enfatizar que mesmo após 40 anos da ocorrência de epidemias de dengue, algumas delas bastante significativas com sobrecarga do serviço de saúde e mortes como as ocorridas no ano passado aqui no DF, ainda se vê negligência”.
O Diretor da Vigilância Sanitária do Distrito Federal fala das sanções previstas para os responsáveis por locais com potencial de se tornarem focos sem a devida manutenção.
“Se o auditor de vigilância vir, in loco, ambientes propícios à proliferação do vetor urbano de arboviroses, como caixas d’água, tambores, baldes, pneus, vasos de plantas, piscinas mal cuidadas, calhas entupidas etc, esse estabelecimento será autuado e estará sujeito à multa e interdição”.
Diversos mitos cercam a dengue. Um deles é o de que quem pega uma vez está automaticamente imune. Isso é mentira, pois existem quatro sorotipos de dengue e uma pessoa pode ser infectada quatro vezes, por sorotipos diferentes.
Outro engano é que quem mora em lugares altos não precisa se preocupar com o mosquito. É verdade que o Aedes aegypti pode voar somente 1 metro acima do chão; mesmo assim, quem mora em apartamento deve ter cuidado.
Ele pode vir pelo elevador quando há água acumulada em seu poço, ou se o morador levou para sua residência algum recipiente contendo ovos do mosquito.
Entre os sintomas da dengue estão: dor abdominal intensa, vômitos, sonolência, hipotensão, desmaios, acúmulo de líquidos na barriga e aumento do tamanho do fígado.
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